E entramos no clima do Black Friday! Vários dos nossos e-books estarão em promoção na Amazon Brasil até o Cybermonday. Aproveitem estas oportunidades:
Urbanóides – Zander Catta Preta: R$4,99 1,99
Torniquato – Rafa Spoladore: R$5,99 1,99
Vórtex Você – Jorge Rocha: R$5,99 1,99
In Coltrane We Trust – Jmm Kazi: R$5,99 1,99
Catarinices – Zander Catta Preta: R$9,99 1,99
O mundo ao redor do umbigo: ensaios para uma eco-política – Maya Reyes-Ricon: R$9,99 1,99
Choices – Fred Furtado: R$5,99 1,99
Black Friday e Cybermonday
O mundo ao redor do umbigo: ensaios para uma eco-política – Maya Reyes-Ricon
Este livro reúne textos elaborados durante o curso de mestrado de Maya Reyes-Ricon em administração pública, apresentados como trabalhos acadêmicos para as diversas disciplinas. À primeira vista, pode parecer que formam um conjunto disperso, cobrindo um espectro que vai do Marketing à Ciência Política, porém, apesar dessa grande diversidade disciplinar, existe uma forte identidade temática entre os textos, que vai ficando mais clara à medida que se avança na leitura dos capítulos.
O fio condutor é uma reflexão sobre dois temas centrais: meio ambiente e administração pública. Ambos representam seus interesses pessoais que nortearam toda a trajetória acadêmica. O primeiro, despertado pelas discussões da Rio 92 e por sua experiência como voluntária no ativismo ecológico, foi se refinando durante a graduação em Biologia. E o segundo, surgido ainda nos tempos de militância estudantil foi sedimentado ao longo dos dos últimos anos.
Em suma, é um excelente guia de introdução à discussão sobre o soft power, greenwash e marketing ambiental.
Vórtex Você – Jorge Rocha
Um livro feito de narrativas curtas e que avisa, logo na abertura, não ter fim — numa espécie de atualização malcriada da inscrição encontrada na porta do inferno dantesco — pode causar a expectativa de que sua leitura seja breve. Mas um juízo antecipado como esse comportaria, certamente, um sério equívoco: um livro sem fim é, necessariamente, um livro interminável; lê-lo, portanto, é tarefa que não poderá se esgotar nunca. Mas é bastante possível que, por outro lado, nós, leitores de Vórtex Você, de Jorge Rocha, saiamos dessa experiência completamente esgotados.
Poemas de Alberto Caeiro – Fernando Pessoa
Diz-se que Alberto Caeiro da Silva nasceu em Lisboa, no ano de 1889, no dia 16 de Abril e morreu na mesma cidade, no ano de 1915. Também diz-se que ele, apesar de ter nascido (e morrido) na capital, vivera toda a sua vida no campo, sem ter tido instrução ou educação além da básica, fundamental. Era órfão de pai e mãe e vivia do pouco que sua terra, arrendada, lhe fornecia, com uma tia-avó que lhe acompanhava. Diz-se isso da maior criação de Fernando Pessoa. É o próprio autor que lhe traça a biografia e, por ironia, tece no seu personagem mais “matuto”, os maiores arroubos filosóficos que sua mente prolífica produz em texto. É o texto que Pessoa produz que molda a vida do seu melhor heterônimo.
A linguagem simples e limitada, a percepção da vida pouco sofisticada, mas imbuída de uma sensibilidade transcendental é quem dá a vida ao “escritor”. Alberto Caeiro nasce do texto que lhe é atribuído, é a obra fazendo o “obreiro”, a reversão do processo em texto. Ele surge como uma resposta de Pessoa à poesia simbolista, bebendo das mesmas fontes, das mesmas metáforas, mas com um viés mais concreto, sem alegorias desnecessárias. Desconstrói o racionalismo e a intelectualidade, substituindo esse processo por uma vivência mais material e sinestésica. Ele incorpora os princípios Epicurianos num viés indireto, sem pedantismo e sem citar nomes e referências. Basta viver a vida para entendê-la, para transcendê-la. É a prática do “realismo sensorial”, numa rejeição às elucubrações da poesia simbolista. Eis aqui sua obra completa
Choices – Fred Furtado
Being a Melodrama (in sixteen parts) – Jmm Kazi
In Coltrane We Trust – Jmm Kazi
In Coltrane We Trust é a primeira incursão de Jmm Kazi no mundo da dita “literatura séria”. Este livro de estreia é uma coletânea dos melhores contos do Blog homônimo que foi mantido por mais de cinco anos antes da sua migração para o facebook (https://www.facebook.com/incoltranewetrust).
O autor revela-se um talento bruto que começa a lapidar forma, tema e cadência a cada dia que passa. É uma leitura cativante da primeira linha até o fechar dos olhos na última página.
Catarinices
É um livro de crônicas, cartas e memórias da relação entre pai e filha, separados pelo tempo, afeto e culturas diferentes, mas na mesma língua e sentimento.
Escrito no curso de quinze anos, onde o autor observou a filha crescer e mudar de um pequeno joelho enrugado ao nascer até tornar-se uma princesa linda, pronta para o mundo. A entrada ao mundo adulto foi difícil para ambos e eles – apesar da distância de quase 500km entre seus lares – aprenderam a ficar mais e mais conectados a cada dia.’
As histórias começam com um pai mesmerizado com a paternidade e – passo a passo – mudam para lições que não são ensinadas na escola: vida, morte, amor, perda, saudades.
É uma coleção de emoções e memórias, agora para todos.
Kalocaína
Karin Maria Boye (1900 – 1941) foi uma poeta e romancista de renome em seu país natal, a Suécia. Foi ativista socialista e fundadorada da revista literária Spektrum, além de tradutora para o sueco da obra de T. S. Eliot, inclusive de Wasteland. Libertária e avançada para os padrões da época, largou seu marido para depois viver com uma companheira até o fim, Margot Hanel, chamando-a abertamente de esposa. Karin Boye morreu cedo, por ingestão de comprimidos para dormir, aparentemente por suicídio. Sua obra mais conhecida fora da Suécia é justamente Kalocaína, livro icônico de representação de uma sociedade distópica imaginária, inspirado em visitas à União Soviética e à Alemanha Nazista.
Kalocaína data de 1940, quase uma década antes de “1984” de George Orwell e faz parte de uma tradição literária que além de Orwell, inclui “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury, “Laranja Mecânica” de Anthony Burgess e mais recentemente a trilogia dos “Jogos Vorazes” de Suzanne Collins.
Em Kalocaína, é proposta uma sociedade autoritária onde um cientista idealista, Leo Kall, cria um soro da verdade e cujas consequências determinam a tônica da história. O romance foi filmado na Suécia em 1981 e também constituiu uma importante fonte de inspiração para o filme norteamericano Equilibrium, de 2002.
O banqueiro anarquista
Considera-se que a grande criação estética de Pessoa foi a invenção heteronímia que atravessa toda a sua obra. Os heterônimos, diferentemente dos pseudônimos, são personalidades poéticas completas: identidades que, em princípio falsas, se tornam verdadeiras através da sua manifestação artística própria e diversa do autor original. Entre os heterônimos, o próprio Fernando Pessoa passou a ser chamado ortônimo, porquanto era a personalidade original. Entretanto, com o amadurecimento de cada uma das outras personalidades, o próprio ortônimo tornou-se apenas mais um heterônimo entre os outros. Os três heterônimos mais conhecidos (e também aqueles com maior obra poética) foram Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Um quarto heterônimo de grande importância na obra de Pessoa é Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego, importante obra literária do século XX. Bernardo é considerado um semi-heterônimo por ter muitas semelhanças com Fernando Pessoa e não possuir uma personalidade muito característica, ao contrário dos três primeiros, que possuem até mesmo data de nascimento e morte (exceção para Ricardo Reis, que não possui data de falecimento). Por essa razão, José Saramago, laureado com o Prêmio Nobel, escreveu o livro O ano da morte de Ricardo Reis. Através dos heterônimos, Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade. Este último fator possui grande notabilidade na famosa misteriosidade do poeta. Diversos estudiosos de Pessoa procuraram enumerar seus pseudônimos, heterônimos, semi-heterônimos, personagens fictícias e poetas mediúnicos. Em 1966 a portuguesa Teresa Rita Lopes fez um primeiro levantamento, com 18 nomes. Antonio Pina Coelho, também português, elevou em seguida a relação para 21. A mesma Teresa Rita Lopes apresentou um levantamento mais detalhado em 1990, chegando a 72 nomes. Em 2009 o holandês Michaël Stoker chegou a 83 heterônimos. Mais recentemente, o brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho, utilizando critério mais amplo, apresentou uma lista com 127 nomes.